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Lhasa de Sela nasceu no estado de Nova Iorque, mas tem sangue mexicano. Em 1997, deu-se a conhecer ao mundo com um disco intitulado La Llorona, que era uma óbvia homenagem à música mexicana e muito em particular a Chavela Vargas. Seis anos mais tarde, publicou The Living Road, outra obra prodigiosa onde cantava, em espanhol, inglês e francês, «torch songs» infecciosas, com uma voz sensual e sofrida que fez dela, instantaneamente, uma das nossas cantoras preferidas. Foram precisos mais seis anos para Lhasa voltar a gravar. O resultado está aí, num disco sem título, agora inteiramente cantado em inglês, que é, sem dúvida, o seu álbum mais íntimo e perturbador. Para lhe fazer justiça é preciso gostar de canções tristes e crepusculares (onírico e solitário, o álbum já foi descrito como uma viagem ao fim da noite). Gravado num estúdio analógico, em apenas duas semanas, com os músicos a tocarem «ao vivo», o disco é um libelo anti perfeccionista: uma obra crua, exigente e essencial que, infelizmente, só alguns conseguirão apreciar devidamente.
1 comentário:
eu estou rendida a esta pérola jºa há tanto tempo desejada.
beijo
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