terça-feira, 16 de novembro de 2010

The Drums



Empolgado pelo delírio das guitarras, propulsionado por uma bateria endiabrada, o cantor parecia acometido de epilepsia. Muito louro, com um daqueles blusões que os universitários norte-americanos usavam nos anos 60, Jonathan Pierce é, sem dúvida, uma figura carismática. O seu fernesim espamódico, e a sua entrega incondicional às canções urbano-depressivas que ele interpreta, em pura catárse, traz à memória os Joy Division de Ian Curtis, uma das influências assumidas desta banda, a par dos New Order, dos Smiths e de Durutti Column. Contudo, se é verdade que os Drums se inspiram sem vergonha na Inglaterra dos anos 70 e 80 para a sua pop minimal e nervosa, não é menos certo que ela soa inspirada e arrebatadora. A Raquel e eu adorámos o seu concerto, tal como o público que enchia a sala, no passado dia 11, no Lux. Um público muito jovem, que sabia as canções de cor e estava em delírio, visivelmente feliz.

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