Visitámos Sibenik a conselho do Luís Maio e não nos arrependemos. A cidade é um mimo, entalada entre uma colina e o mar, e toda construída de pedra. Há muita escadaria para subir e descer e com o Lucas no carrinho não foi fácil. Mas valeu a pena.
No alto da colina, mesmo encostado ao castelo, há um pequeno cemitério com imenso charme e uma vista magnífica (primeira foto). Passei aí um bom momento, rindo à gargalhada e tenho que contar porquê. Momento antes, o guarda do castelo não me deixou tirar uma foto da cidade e do mar cá em baixo, porque não quis pagar a entrada só para tirar duas ou três fotografias. Ao entrar no cemitério, porém, descobri que a vista dali era bem melhor e como me abeirei de um murete e vi o tal porteiro cá em baixo, comecei a gritar com ele em português: «Ó palerma, a vista daqui é bem melhor e a entrada no cemitério é à borla, és mesmo palerma, pá». A cara que ele fez, ao resmungar em croata, estampou-me um sorriso no rosto que durou a manhã toda.
Outra prova da pouca esperteza croata: é preciso pagar para visitar a catedral, mas basta ir à hora da missa para entrar à borla.
O nosso apartamentozito em Sibenik, arranjado com a ajuda do gabinete de turismo local, ficava mesmo no centro e era muito giro, com vista para uma das praças centrais da cidade (segunda foto). Tratava-se de um estúdio, provavelmente ocupado, durante o inverno, por um estudante. Estava repleto de livros e a pequena cozinha tinha tudo o que é necessário para preparar refeições ligeiras.
As ruas de Sibenik parecem as de Alfama, com a diferença que as casas são quase todas de pedra e que há ali muito mais monumentos antigos. Além de que as praças e os largos têm outra imponência. Todo o cenário vive do mar e para o mar, os iates vêm atracar mesmo ao pé das esplanadas. Ao fim de dois dias, parecia-me que já estava ali há muito tempo, de tal maneira tudo me era familiar. Quando apanhámos o autocarro para Split, ia com pena de me ir embora.
Sem comentários:
Enviar um comentário