«Sobre a planura as suas asas espraiando
o anjo vigia e guarda.
À noite as águas silenciosas da laguna
reflectem-lhe o dorso, curvado sobre as
árvores frias.
Mãos invisíveis tecem-lhe nos cabelos
segredos antigos
que os homens esqueceram há muito
ou nunca sequer souberam
E parte, por sobre as nuvens
recortadas a luz ardente.
Irremediavelmente, parte.»
Foi o último poema escrito pela minha amiga Raquel Seabra, que um anjo arrebatou no sábado.
Aqui fica, com a minha eterna tristeza e saudade. Como escreveu Djelal el din Roumi: «O coração dos homens leais é o melhor túmulo».
terça-feira, 23 de março de 2010
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1 comentário:
Sinto também uma enorme tristeza e saudade a apertar-me o coração!
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