terça-feira, 31 de maio de 2011

Kafka


Segundo Le Guide du Routard, Kafka, para além de depressivo, sofria de fobia social e era hipocondríaco. Tinha muito frequentemente dores de cabeça, insónia, prisão de ventre e furúnculos. Desconfiava da medicinal tradicional e tentava combater os seus males com curas naturais. De resto, era vegetariano. Quando ia de férias, escolhia termas e sanatórios, até porque eram locais onde encontrava alguma calma para escrever. Infelizmente, nada disso o impediu de contrair tuberculose, numa altura em que isso correspondia, quase invariavelmente, a uma sentença de morte.
Na ponta final da sua vida, quando se encontrava em Kierling, Kafka já só conseguia comunicar através de bilhetinhos. Num deles, escreveu um dia: «Matem-me. Se não o fizerem é porque são assassinos». Acabou por falecer no dia 3 de Junho de 1924, assistido pela namorada, Dora Diamant, e um amigo, Robert Klopstock. Foi enterrado em Praga a 11 de Junho, no novo cemitério judeu (na foto). Quanto às suas três irmãs, morreram em campos de concentração nazi, alguns anos mais tarde.

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