quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A single man











É Tom Ford, um grande nome da moda, que assina este A Single Man, cuja história se passa nos anos 60. Adaptação de um romance de Christopher Isherwood, o filme centra-se na figura de um professor universitário, homossexual, que acaba de perder o grande amor da sua vida num acidente de automóvel, e que perde o gosto de viver por causa disso.
A casa onde vive, toda envidraçada, é como o próprio filme: de um requinte inegável. Este esteticismo levado ao extremo é, aos meus olhos, um dos grandes problemas de A Single Man, que encontrou no protagonista (o actor Colin Firth) o seu principal trunfo. Não é por acaso que ele é um dos favoritos para ganhar o Óscar de melhor actor.
Também Julianne Moore, num breve papel secundário, deslumbra pela sua interpretação.
Quanto ao resto, estamos conversados : há belos adolescentes, olhares lânguidos e algumas cenas de nu masculinas, como não podia deixar de ser. Em todas as cenas predomina, contudo, uma excessiva preocupação em filmar de maneira original. Ford quer, a todo o custo, deslumbrar. Nem sempre, contudo, as cores saturadas ou esbatidas, assim como os grandes planos de detalhes dos rostos, funcionam bem. Para mais, o previsível final não ajuda nada!

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