Numa cama pequena, encolhe-te. Num poema curto, estica-te ao máximo.
Acabamos todos por carregar o mundo às costas, mais tarde ou mais cedo. Não há bagagem mais pesada que uma vida mal vivida.
Poucos vêem com clareza, a escuridão em que estão.
Às escuras, ninguém vê melhor que o cego.
Em todos os jardins, vejo poemas. Milhares de versos que nunca escreverei.
Sou dos que crêem que a (melhor) poesia não precisa de palavras para nada.
Neste momento, tenho todo o tempo do mundo. Daqui a nada, não sei.
É como se de inverno, a luz fosse mais luz, o céu mais céu, e eu menos eu.
Onde fica o centro do mundo, é duvidoso, mas o cú de judas não oferece dúvidas: é mesmo aqui.
De um modo geral, calo-me para entrar; é à saída que costumo gritar.
Enquanto leitor, não me preocupa o autor, mas sim o segredo que procura ocultar.
Até a dormir sonho!
Tudo corre o risco de desaparecer, se não lhe prestarmos atenção.
Convém estar presente, quando a inspiração vem.
A morte é sempre em vão.
Ou não?
O que há depois da morte? É simples: ou tudo, ou nada.
O amor do mal não é amor, tal como o mal do amor não é um mal.
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
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