Não há praticamente nenhum episódio da história dos Estados Unidos que não dê origem a, pelo menos, um filme. Green Zone, que acabo de ver, conta a história de Roy Miller, um militar norte-americano destacado no Iraque, em 2003. A sua missão ? Encontrar armas de destruição maciça.
Realizado por Paul Greengrass e protagonizado por Matt Damon, Green Zone é um filme «virtuose» (as cenas de guerrilha nocturna, por exemplo, são verdadeiramente estonteantes), realizado à maneira de uma reportagem, mergulhando-nos no coração da acção. Já sabemos como acaba esta história macaca inventada por Bush e o seu amigo Tony Blair, mas seguimo-la com o coração nas mãos, de tão envolvidos que nos sentimos. Como não podia deixar de ser, há cenas de uma violência incrível, mas o mais interessante acaba por ter lugar nos bastidores da guerra, quer do lado iraquiano, quer do lado americano, onde toda a gente é fantoche de alguém. Tudo é perfeitamente plausível, para não dizer provável e saímos da sala reforçados na ideia de que, no mundo actual, as fronteiras entre ficção e realidade são cada vez mais ténues e ilusórias, porque tudo é mentira e a verdade é inatingível.
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