terça-feira, 31 de agosto de 2010

Webcam snapshot

domingo, 29 de agosto de 2010

Plácido domingo


Do casamento

«Num bom casamento, cada um se torna o guardião amoroso da solidão do outro». A frase é de Rilke e não podia concordar mais.

Baixa (ontem)

sábado, 28 de agosto de 2010

Haiku visual


Quase um poema
quase sem palavras.

Gulbenkian (ontem)

A good advice

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

La Danse



Parque das Nações (hoje).

Campolide (hoje)


A primeira foto foi tirada da janela da sala.
A segunda, da varanda do escritório.

Quando olho para as minhas fotos, com olhos de ver, vejo uma «microficção». De cada vez que olho para uma foto antiga, percebo que o mundo mudou, que eu mudei, e nada jamais será como dantes.
Com o tempo, todas as imagens ganham novos significados. Mesmo, ou sobretudo, as mais banais.


segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Che

Tomar (ontem)



Auto-retrato com candeeiro


Nos meus auto-retratos não me exponho. Escondo-me. É o meu reflexo, a minha sombra ou o meu fantasma que procuro desmascarar. O que o meu olhar procura é, sempre, o que não conseguirei ver.

Totens


terça-feira, 17 de agosto de 2010

Mergulho


A água está fria e hesito em mergulhar. «Só custa entrar», assegura a Raquel. É assim que imagino o momento da morte: só custa entrar.

Minimal animal


Estou numa esplanada e vista daqui, da sombra, a cidade parece-me sobreexposta. A luz é tanta e tão crua que quase não consigo distinguir o que se passa no passeio em frente. No entanto, a esplanada está quase em cima da rua. Os carros passam mesmo ao nosso lado e o seu escape chega a confundir-se com o fumo dos cigarros das três raparigas que cacarejam na mesa ao lado da minha.
Uma delas, de vez em quando, observa-me de soslaio. Apetece-me dizer-lhe: «A imagem que vês, vê-te». Não sei rigorosamente nada dela, mas percebo que ainda não tem trinta anos e que se veste como se quisesse fazer crer que tem mais dinheiro do que na realidade tem. Curiosamente, as unhas, muito compridas, estão pintadas de azul-bebé, a mesma cor da t-shirt que traz vestida. Pergunto a mim próprio se tem muita roupa daquela cor ou se vai pintando constantemente as unhas conforme o que veste.
Nunca saberei o que ela pensa de mim, quando me observa. Por isso, digo a mim próprio: «Somos imagens sem conteúdo. Quem nos vê, empresta-nos algo que não temos. Só Deus sabe quem somos».
Um tal pensamento faz-me sorrir, mas é, muito provavelmente, um sorriso amarelo. Como eu gostava de ser mais inteligente, mais profundo, e ter pensamentos mais elaborados e originais!
Dito isto, concebo perfeitamente a ideia de passar a eternidade a relembrar a minha vida nos seus mais ínfimos detalhes. Concluo: «Só um tempo sem fim permitiria procurar esgotar completamente a soma de tudo o que vivi e pensei até hoje».

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Baixa, ontem à noite


sábado, 14 de agosto de 2010

Praça do Comércio



Linha d'água


A minha esplanada preferida.

Praça do Comércio

Sombras

Robert Walser

Mais uma magnífica frase do escritor suiço: «Depuis que j’ai capitulé devant le temps, je sens vivre en moi quelque chose, une sérénité ardente et merveilleuse.»

Sabedoria popular

Cada dia é uma vida inteira, resumida.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Campolide





Lisboa, ontem e hoje





Primeiras fotos tiradas com a minha «nova» FM3A.

sábado, 7 de agosto de 2010

Cais do Sodré

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Albufeira

Descartes e o haxixe

«Penso, logo existo». Quem não conhece esta máxima de Descartes? Quanto a mim, li, evidentemente, há muitos anos, O Discurso do Método e também as Meditações Metafísicas, mas não retive grande coisa, para dizer a verdade. Sobre a sua vida sabia muito pouco, mas achava simpático que o homem gostasse tanto de dormir (dizia-se que dormia 10 horas por dia) e que preferisse sonhar a escrever. Publicou muito poucos livros se formos a ver e chegou a afirmar: «temo mais a fama do que a desejo».
Descartes deixou, com efeito, mais cartas do que livros e mais livros por terminar do que obras completas. Um dos seus biógrafos vai mesmo ao ponto de afirmar que ele sempre odiou a ideia de ter que publicar apara ser reconhecido como o grande pensador que efectivamente era.
Muito recentemente, quase sem querer, li um livrinho delicioso sobre o filósofo francês. Intitulado Descartes et le Cannabis, foi escrito por um tal Frédéric Pagés e está publicado na colecção «Mille et une nuits», uma colecção deliciosa de livrinhos minúsculos que se lêem em menos de meia-hora.
Em meia-dúzia de páginas, o autor conta a história de Descartes que viveu a maior parte da sua vida de adulto na Holanda e não em França como seria de esperar. Sem nunca o afirmar cabalmente, Pagès dá a entender que uma das razões para este facto curioso, que nunca ninguém conseguiu explicar convenientemente, pode ter sido o gosto de Descartes pelo tabaco, ou mais exactamente pelo haxixe, mas também pela liberdade. Já no tempo dele, a Holanda era um país muito mais tolerante e aberto que do que a França.
A tese é curiosa e se não é verdadeira, muitos dos argumentos avançados por Pagés dão que pensar. Uma coisa é certa: diverti-me a valer com este livrinho que me custou a módica quantia de dois euritos.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Restauradores

Praça do Comércio

Avenida da Liberdade


Camões


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