quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A máquina de contar histórias (4)











Todos os dias cruzo muitas centenas de histórias, das quais apenas tenho um brevíssimo vislumbre. Algumas apelam mais do que outras à minha imaginação, mesmo se todas me fascinam. Em todo o caso, tudo (ou quase) o que os outros vivem, eu sinto-o também. Ou já senti, ou virei a sentir. É terrível e magnífico ao mesmo tempo.

Desabafo

Liberdade, igualdade, fraternidade... uma ova! A França adoptou definitivamente a Lei Hadopi que criminaliza quem, na Internet, troca ficheiros protegidos por copyright. O suposto país da liberdade, igualdade, fraternidade, assume-se assim como o contrário disto tudo. A partir do ano que vem (pois alei só começará a vigorar em 2010), só quem pode pagar é que terá acesso a certos bens culturais. «Quem não tem dinheiro não tem vícios», dizem os fascistas e os alienados. Ora a cultura é um vício, como toda a gente sabe. Os desempregados, os velhotes com reformas miseráveis, os estudantes pobres... só têm o que merecem. Que grande país é a França e que belos exemplos dá ao mundo!

sábado, 19 de setembro de 2009

A máquina de contar histórias (3)







A paixão do pormenor não é uma paixão pequena. Nem todos conseguem ver a força das mínimas coisas.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A máquina de contar histórias (2)





Um caderno e uma caneta. Uma máquina fotográfica e uma cidade. Certos dias, não é preciso mais.

A máquina de contar histórias





















Susan Sontag: «Nenhum momento é mais importante do que outro, ninguém é mais interessante que os demais».

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Willy Ronis



O autor desta fotografia morreu ontem em Paris aos 99 anos! Mas esta criança vai continuar a correr até ao fim do mundo, para levar o seu pão a todos os que o merecem.

sábado, 12 de setembro de 2009

Da morte

Que nos espera depois da morte? É muito simples: ou tudo, ou nada!

Alfama







sábado, 5 de setembro de 2009

Auto-retrato

Auto-retrato

Desabafo

Seria necessário escrever sem fim…

Dos filósofos

Há dois tipos de filósofos: os poetas e os professores.

Do céu



Um céu sem nuvens é como uma página em branco: não diz nada. Só quando há nuvens conseguimos olhar para o céu e sonhar. No entanto, temos que concordar: a cor do céu foi bem escolhida.

Da política

Na política como no meu bairro: basta um cão ladrar furiosamente para logo os outros todos o imitarem.

Jardim Gulbenkian




terça-feira, 1 de setembro de 2009

Da opinião

Dão-me vontade de rir, aqueles que acreditam que a sua opinião vale mais do que a dos outros.

Do ridículo

Se o ridículo matasse, não existiam pensadores.

Escrito num hospital

Num hospital, todas as pessoas à nossa volta sofrem e têm medo. Aqui não é possivel ignorar o essencial. Um hospital é uma ilha de lucidez.

Da morte

A morte: um convite irrecusável.

Lembrete

Este mundo só existe porque nós queremos. Existir é um acto de vontade.

Saudades



Desde que o meu irmão morreu, tenho estado a desaparecer aos poucos também.

Da pontuação

Criou-se em volta de um blogue um movimento contra o uso de reticências e de pontos de exclamação. Curioso... As únicas frases que acho valerem a pena têm tendência para acabar de uma maneira ou de outra!

Da ficção







A ficção suprema é a vida!

Elevador da Glória



Escrevo para leitores inexistentes livros que só existem na minha cabeça.

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