terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Um dia inteiro a pensar

Numa cama pequena, encolhe-te. Num poema curto, estica-te ao máximo.

Acabamos todos por carregar o mundo às costas, mais tarde ou mais cedo. Não há bagagem mais pesada que uma vida mal vivida.

Poucos vêem com clareza, a escuridão em que estão.

Às escuras, ninguém vê melhor que o cego.

Em todos os jardins, vejo poemas. Milhares de versos que nunca escreverei.

Sou dos que crêem que a (melhor) poesia não precisa de palavras para nada.

Neste momento, tenho todo o tempo do mundo. Daqui a nada, não sei.

É como se de inverno, a luz fosse mais luz, o céu mais céu, e eu menos eu.

Onde fica o centro do mundo, é duvidoso, mas o cú de judas não oferece dúvidas: é mesmo aqui.

De um modo geral, calo-me para entrar; é à saída que costumo gritar.

Enquanto leitor, não me preocupa o autor, mas sim o segredo que procura ocultar.

Até a dormir sonho!

Tudo corre o risco de desaparecer, se não lhe prestarmos atenção.

Convém estar presente, quando a inspiração vem.

A morte é sempre em vão. Ou não?

O que há depois da morte? É simples: ou tudo, ou nada.

O amor do mal não é amor, tal como o mal do amor não é um mal.

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