sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Sonho em Punta Cana
Estou em Punta Cana, na Republica Dominicana, e preciso de tirar fotografias tipo passe. Para quê? Não faço a mínima ideia.
Entro numa loja para fazer as fotos. A vendedora conduz-me à casa de banho e manda-me sentar na sanita. Perante o meu espanto, afirma: «Foi uma ideia do meu marido. Pela janela pode ver-se o jardim e faz um fundo muito bonito para os retratos».
Ela tenta então tirar a fotografia, mas não consegue. Diz-me: «Não consigo. Não sei o que se passa, tem que cá voltar amanhã, quando estiver o meu marido. Ele é que percebe destas coisas».
Protesto: «Eu precido das fotos hoje, não amanhã».
«Então vou ali ao lado falar com um vizinho, pode ser que ele consiga resolver isto».
Passado uns instantes, aparece um rapaz que me diz: «Eu não sei mexer nessa máquina. O melhor é mesmo voltar amanhã».
Pergunto pela vendedora, que entretanto desapareceu, e ele assegura-me que ela não vai tardar a aparecer.
Nesse momento, entra na loja uma senhora que nunca vi na vida, acompanhada pelo filho. Traz um bolo de chocolate para a dona da loja. Pergunta-me por ela e respondo-lhe que também estou à espera dela. Por fim, a mulher lá aparece e eu exigo-lhe imediatamente os cinco euros que lhe dei adiantados para as fotografias.
Afirma que não mos pode devolver. «Já registei na caixa e não há nada a fazer».
Impaciento-me e perante a sua passividade, fico fora de mim: pego no bolo de chocolate e espeto-lho na cara, como tantas vezes vi fazer nos filmes mudos.
O miúdo que assistiu a tudo, pega numa tesoura enorme e ameaça-me com ela. «Vai-te embora! Vai-te embora!», grita ele, acordando-me.
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De punta madre!
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