sábado, 20 de março de 2010

Pura realidade

Um dia, em Cabo Verde, estava a nadar e descobri várias notas a boiar à minha volta. Comecei a apanhá-las todo contente quando, de repente, percebi que as notas eram minhas. Tinha-as guardado no bolso do fato de banho nessa manhã e esqueci-me de as tirar quando cheguei à praia. Fiquei contente de qualquer modo, podia ter ficado sem o dinheiro e não me aperceber disso.
Uma outra vez, em Cannes, no Sul da França, voltava para o hotel já depois da meia-noite quando comecei a ouvir vozes estranhas. Olhei para trás mas não vi ninguém. Retomei a marcha e as vozes pareciam perseguir-me. Estava a começar a ficar assustado quando tive uma revelação: as vozes vinham da minha mochila. Nessa tarde entrevistara um músico e o gravador tinha-se activado por qualquer razão. Fiz o resto do caminho a rir de mim mesmo.
Não sei porque me lembrei disto agora, mas estas duas memórias ficam aqui registadas para que não volte a esquecer-me delas. E para que aranquem, talvez, um sorrido a alguém.

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