terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Comprenne qui pourra

Sei uma coisa: não sou sou má pessoa. Nunca o fui, nunca o serei. Tenho horror à maldade e sempre que fui cruel foi porque reagi como um animal ferido. De resto é o que sou mais profundamente: um animal ferido.

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Em boa verdade, só me importam verdadeiramente, meia dúzia de pessoas no mundo. Só essas conseguem ferir-me.

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Apesar de tudo, não me vejo na pele de uma vítima. Tive algum azar na vida, mas quem não teve? Sinceramente, se sou vítima, sou-o de mim próprio. Como toda a gente, suponho. No final, temos sempre o que merecemos. Sei-o melhor que ninguém: apenas tenho o amor que mereço. Oxalá toda a gente tivesse esta consciência.

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Amo os meus filhos como amo a vida. Aliás, ser pai é como estar vivo: é ao mesmo tempo uma bênção e uma maldição. Trazer um filho a este mundo, ou melhor, a esta sociedade, é algo que merece o maior castigo. Hélas!

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