No espelho que separa a realidade da ficção, não me (re)vejo.
Serei um morto-vivo?
Certo é que antes de eu a inventar, a minha vida não existia verdadeiramente.
Será a minha vida uma auto-ficção?
Em caso afirmativo (a hipótese não é totalmente descabida), porque teria ela um prazo de validade?
Que pensam (se é que dúvidas tão delirantes merecem reflexão) os meus habituais comentadores?
De qualquer modo, de uma coisa tenho eu a certeza: o meu mundo desaparecerá comigo. A vida é um mero parêntesis, numa frase que nunca chegarei a terminar.
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
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2 comentários:
Há neste pequeno post muita coisa a digerir.
Por outro lado não consigo compreender algumas coisas na totalidade. Acima de tudo porque não percebo se não te revês no que te circunda ou no que és. Nada que uma esplanada à beira de um rio, preferencialmente povoado por tainhas, não resolvesse.
Mas que o nosso mundo vai connosco também não tenho dúvidas e que vivemos nesse parêntisis também não embora discorde que o estado mais natural do ser humano seja a morte. Sem vida não há morte, sem morte não há vida. Cada qual tem o mesmo peso, ambos parte do mesmo instante.
<3
Hmmm...! Tens a certeza de que não estás a fugir com o rabo à seringa? Em relação à questão anterior, quero eu dizer... Elegantemente, é claro! É que me parece que estás apenas a fazer afirmações disfarçadas de dúvidas. Ou não?
"No espelho que separa a realidade da ficção, não me (re)vejo.
Serei um morto-vivo?
Certo é que antes de eu a inventar, a minha vida não existia verdadeiramente."
Se te revisses, não estarias a inventar fosse o que fosse. Só inventas o que não existe. As árvores criam os seus ramos sem pensar se é ou não agradável: crescem.
"Será a minha vida uma auto-ficção?"
Só o é porque eu, os outros, existimos. Os metafísicos põem de fora o paradoxo, logo, erram.
" Em caso afirmativo (a hipótese não é totalmente descabida), porque teria ela um prazo de validade?"
Porque precisas de parar para respirar e repensar a coisa. E, eventualmente, dormir um bocadito - que o que está em cima é igual ao que está em baixo.
"De qualquer modo, de uma coisa tenho eu a certeza: o meu mundo desaparecerá comigo. A vida é um mero parêntesis, numa frase que nunca chegarei a terminar".
O que terminaste ou não só o poderás saber depois.
Isto digo eu...
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