30 anos depois da primeira leitura, estou a reler
A Gravidade e a Graça, de Simone Weil. Poucos livros serão mais admiráveis e estimulantes.
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Embora eu não seja católico e não partilhe da fé que animava a escritora, encontro em cada página pistas para (re)pensar a minha relação com o mundo e comigo mesmo. Raros são os livros da minha biblioteca mais sublinhados que este. Se tivesse que sintetizar todo o livro numa única frase, seria esta certamente:
«Não possuímos nada no mundo – pois o acaso pode tirar-nos tudo – a não ser o poder de dizer eu. É isso que é preciso dar a Deus, quer dizer, destruir. Não existe absolutamente nenhum outro acto livre que nos seja permitido, a não ser a destruição do eu.»Num tal livro, verdadeiramente, leio-me.
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