De vez em quando, a Insónia vem visitar-me. Sabe que não é desejada, mas instala-se na minha cama, dentro de mim, com a desfaçatez de uma puta fina.
Como aprendi à minha custa, não serve para nada procurar ignorá-la. Procurar fazê-lo, só agrava a situação.
Por isso, agora, procuro dar uso às minhas insónias. Ponho-as a render, deixo que tudo o que me vem à cabeça se desenvolva, seguindo os meus devaneios como um cachorrinho à espera de uma qualquer recompensa. E, por vezes, acontece: tenho direito a um doce, vem-me à cabeça uma ideia com pernas para andar.
A insónia desta noite, por exemplo, não sei se foi ela que me deu a volta ou eu a ela. Uma coisa é certa: nem todas as insónias te querem mal. Se não fossem certas insónias, há ideias que nunca teria tido, histórias que não teria escrito.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
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